segunda-feira, 18 de maio de 2009

Asma na gravidez

Diversos fatores podem favorecer o agravamento da asma na gravidez. Alteração hormonal, aumento do volume uterino que, conseqüentemente, empurra o diafragma, comprime o tórax e diminui a expansibilidade dos pulmões, além de aspectos emocionais, como ansiedade e insegurança. A gestante asmática, registre-se, é mais suscetível a contrair infecções respiratórias, especialmente pneumonias.
Estatisticamente, a evolução da asma na gestante é assim definida. Em 1/3 das gestantes há melhora das crises, 1/3 piora e 1/3 prossegue sem nenhuma alteração. Para manter um quadro controlado, deve-se procurar a um pneumologista para a realização de tratamento preventivo.
É importante que as gestantes não suspendam o uso de medicamentos, pois pode haver complicações indesejáveis. Aliás, o uso da budesonida, uma corticóide para inalação, apresenta boa segurança e é autorizado pela FDA, agência reguladora americana que controla alimentos, medicamentos, entre outros itens.
A gravidez com asma não controlada aumenta o risco do bebê. As complicações tanto podem atingir a mãe, que pode ter pré-eclampsia, diabetes e rompimento prematuro da bolsa, como afetar a criança, que corre o risco de ter baixo peso ao nascer, entre outros problemas
Ainda existem riscos, como a diminuição de oxigênio na corrente sangüínea da mãe, o que é fator de comprometimento do crescimento e da sobrevida do feto, impedindo-o de se desenvolver normalmente.
Os sintomas costumam melhorar durante as últimas quatro semanas da gravidez. Também é bom lembrar que a criança pode ou não nascer com a doença. Uma vez que se trata de um mal de origem genética, transmissível pelo gene da mãe ou do pai, não há como determinar antecipadamente.

F. Bacopoulou e colaboradores pediatras da Universidade de Atenas, Grécia analisam a prevalência de asma desde a infância até a adolescência, em uma população de 2133 crianças de 7 e 18 anos de idade. A prevalência de asma foi de 9,0% em media aos 7 anos e 5,0% aos 18 anos. A prevalência da asma ao longo da vida de 18 anos foi de 26,3%. Mais de metade das crianças (58,2%), com início precoce asma eram assintomáticos aos 7 anos e apenas 7,6% continuaram a ter sintomas durante a adolescência. Contudo, em 48,2% daqueles com início tardio asma, os sintomas persistiram até aos 18 anos. Análises de regressão logística e estatistica mostrou que sexo masculino, história familiar de atopia ( alergias cutanias , tabagismo ativo do adolescente e fumo materno foram significativamente associados positivamente com asma continua ate os 18 anos. Além disso, fumar durante a gravidez, estava associado com um risco aumentado de persistência de sintomas de asma dos filhos ate os 18 anos. Asma na infância e adolescência o tabagismo ativo foram positivamente associados, mas o consumo diário de frutas e hortaliças diminuiu a asma atual em jovens com 18 anos de idade. As crianças que foram amamentadas tiveram um menor risco de terem asma ao longo da vida desde os 7 anos. Os autores concluem que a prevalência de sintomas de asma jovens de 7 e 18 anos de idade foi baixa em toda a Grécia, comparados aos resultados de outros paises, que os autores atribuíram ao consumo diário de frutas e hortaliças

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Fonte :: J Asthma. 2009 Mar;46(2):171-4

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