terça-feira, 19 de outubro de 2010

Cólicas

Nada mais desagradável que sentir dor, não é? Ainda mais quando essa dor se chama cólica menstrual e aparece todo santo mês. O fato é que nem sempre as pontadas chatinhas na barriga acompanhadas de perdas de sangue significam que você vai ficar "naqueles dias". Por isso, o Bolsa de Mulher saiu a campo para investigar as causas reais deste problema que atormenta muitas mulheres.
A cólica menstrual é provocada pela falta de suprimento sanguíneo no útero, explica a ginecologista Renata Aranha, do Hospital Universitário Pedro Ernesto (UERJ). Já a menstruação é uma união de sangue e endométrio, tecido que reveste a parte interna do útero e sofre descamação. "Toda vez que o endométrio é descamado é como se houvesse uma lesão do tecido, e o corpo promove um processo em cadeia de ação inflamatória que produz a prostaglandina (hormônios que as células produzem quando lesadas ou excitadas). Sem sangue no útero, não há irrigação nem oxigênio, o que provoca a dor", complementa a médica.
O nome científico da cólica fisiológica é dismenorreia primária. É aquela dor pélvica que aperta, alivia e volta, e pode ocorrer antes ou durante o período menstrual. É muito comum, por isso não há motivo para se preocupar. Segundo Renata Aranha, o uso de antiinflamatórios é o tratamento mais recomendado nestes casos. "A pílula anticoncepcional também ajuda muito, porque quem faz o endométrio crescer é o estrogênio. Com a pílula, podemos controlar esse crescimento e, portanto, ele descama menos. Por isso que o fluxo diminui também", acrescenta a especialista.
O alerta de sinal vermelho deve ser acionado quando a cólica é muito intensa, progressiva e aumenta ao longo da menstruação. Neste caso, você pode estar sofrendo da chamada dismenorreia secundária. "Ela precisa ser investigada e exige exames complementares, pois pode ter diferentes causas", esclarece a doutora, que chama a atenção para a origem do desconforto: "Ela pode estar associada a complicações no sistema reprodutivo, como alterações nos ovários, útero ou vagina, endometriose, miomas, infecção pélvica, tumores, entre outros fatores".
Coordenador do Ambulatório de Endometriose do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ), Renato Ferrari explica que a endometriose ocorre quando parte do endométrio descamado vai para dentro do abdômen através das trompas e, em algumas mulheres, esse endométrio acaba se desenvolvendo. "Há outras duas formas de desenvolver a doença: quando o sangramento que cai no abdômen passa através do diafragma e acomete a pleura (membrana que recobre o pulmão); e quando o endométrio se instala na cicatriz deixada pela cesariana", complementa o médico, que identifica os tipos de tratamento: "Pode ser cirúrgico ou através do uso da pílula anticoncepcional, depende de cada caso".
Outro mal que causa cólica é a adenomiose, como afirma a ginecologista Renata Aranha: "Ocorre em mulheres que já tiveram filhos e é uma prima-irmã de endometriose, diferenciando-se por ocorrer na parede do útero. Ela gera dor, dismenorreia progressiva, aumento do fluxo menstrual, dispareunia profunda (dor na relação sexual) e até infertilidade. Para diagnóstico, pode ser realizada uma ressonância magnética".
O tratamento tanto para a adenomiose quanto para a endometriose, segundo a especialista, é deixar de menstruar. "A menstruação provoca dor e aumenta a progressão da doença", observa ela, que indica os métodos disponíveis no mercado: "A mulher pode fazer uso da pílula contínua, do DIU de progesterona ou usar hormônios como a gestrinona, que bloqueia a produção de estrogênio, ou seja, provoca uma menopausa antecipada".

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Infográfico: entenda a contusão que pode tirar Elano da Copa do Mundo

Meia da seleção brasileira tem inflamação num osso
do pé direito e não há previsão de retorno. Ele está fora do jogo contra a
Holanda, nesta sexta
Por GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro


Uma entrada criminosa, e a continuidade na Copa do Mundo em risco. Depois de ficar fora dos jogos contra Portugal e Chile, Elano está vetado para o duelo entre Brasil e Holanda, nesta sexta-feira, pelas quartas de final da Copa do Mundo. É a consequência da contusão sofrida contra a Costa do Marfim, no último dia 20, na segunda partida da fase de grupos. O camisa 7 foi atingido violentamente por Tioté e não jogou mais (assista ao vídeo ao lado). O problema no tornozelo direito é mais sério do que todos imaginavam, e até mesmo o seu aproveitamento no restante do Mundial, caso a seleção brasileira se classifique, está ameaçado. Saiba mais no infográfico abaixo:

Elano tem um edema num osso do pé. Não é considerada uma contusão grave, mas pode demorar. A maioria dos jogadores demora a voltar. Esse edema ósseo tem tempo de absorção e esse tempo é variado. O atleta faz gelo, tratamento fisioterápico, mas o que vai determinar se ele joga ou não é a capacidade de o organismo absorver. Existem traumas mais fortes, em intensidades elevadas. É um problema muito comum no futebol. O jogador foi tratado clinicamente, melhorou da pancada, conseguiu andar e trocar, mas em determinados movimentos ainda sente dor.

domingo, 20 de junho de 2010

Culinária dos países da Copa do Mundo cabe na dieta


Em tempos de Copa parece que o mundo fica mais unido. Dá até para conhecer
mais sobre a cultura dos países envolvidos no torneio. Temperos, recheios,
vegetais, cada lugar tem a sua especialidade. Conheça um pouco mais sobre os
pratos típicos de seis países que disputam a Copa da África e saiba como
ajustá-lo a sua dieta.


Alemanha no cardápio A culinária típica alemã tem como base a carne de porco. Quem faz dieta tenta passar longe dela, pois a carne suína é conhecida por seus cortes gordurosos. De fato, a carne tem mais gordura do que a bovina e a de frango, porém, não precisa deixá-la de lado. Principalmente, porque o alimento é uma das principais fontes de vitamina B1 (tiamina), que participa do metabolismo energético, melhorando o funcionamento nervoso.
A melhora na criação de porcos, com alimentação mais equilibrada e selecionada, permitiu que o nível de gordura desta carne fosse reduzido em 30%. Além disso, a carne de hoje, comparada a de vinte anos atrás, está 14% menos calórica e com 10% menos colesterol.

"Um prato balanceado pode considerar um pedaço de carne de porco (assado, grelhado ou cozido), acompanhado de salada crua e arroz e feijão, combinando assim proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais. Alimentos ricos em vitamina C, como maçã e abacaxi, podem ser acrescentados ao prato para auxiliar na digestão das proteínas da carne", explica a nutricionista do Dieta e Saúde, Roberta Stella.

Churrasco à moda argentina

Nossos hermanos são especialistas das carnes no espeto. O churrasco argentino é imbatível. O cultivo do gado e o preparo conferem carnes bem macias e suculentas. Mas, nós brasileiros, aprendemos direitinho e até aperfeiçoamos a receita, incluindo mais opções. E quando o fim de semana se aproxima, não há quem resista. O problema é que o cardápio geralmente vem acompanhado de muita gordura e proteínas. Porém, você não precisa lutar contra a sua vontade. "Dá para incluir o churrasquinho do fim de semana na dieta, desde que com moderação", afirma Roberta Stella.
Uma boa dica para não exagerar na dose é prestar atenção nos acompanhamentos. "Comece a refeição com bastante salada e legumes, pois são ricos em vitaminas e fibras e, além disso, proporcionam maior saciedade, fazendo com que haja maior controle no consumo de pratos quentes", aponta a nutricionista. Utilize temperos mais leves para a salada. O molho vinagrete é uma ótima opção.
Na hora das carnes, "a alcatra e a maminha são as mais magras, além do tradicional franguinho (sem pele). Se quiser não resistir à picanha, descarte a capa de gordura. Passe longe da costela e do cupim, que são muito gordurosas." Não consuma mais que meia unidade de linguiça, pois além de gordura, são ricas em sódio.

Peixes à espanhola

Os frutos do mar são o que mais se destacam na culinária da Espanha. O país é um dos maiores consumidores de peixes, por causa da variedade disponível em seus mares. A Espanha utiliza-se também de muitos elementos da culinária mediterrânea, considerada a mais saudável pelo European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition, já que proporciona menor incidência de doenças cardiovasculares e outras enfermidades crônicas, além de aumentar a longevidade. O consumo elevado de verduras, legumes, frutas e grãos, aliada à ingestão moderada de peixes e frango e, claro, o uso do azeite de oliva.
Tudo acompanhado por um bom vinho dá o tom da dieta do mediterrâneo e da culinária espanhola. "Essa dieta prioriza alimentos com gorduras consideradas boas para o organismo e baixa quantidade de colesterol, que agem contra o desenvolvimento de doenças cardiovasculares", explica a nutricionista do Dieta e Saúde.
Podemos incluir boa parte da alimentação espanhola na nossa dieta. Principalmente os peixes, pois contém ômega-3, uma gordura do bem, que favorece o fortalecimento do sistema imunológico e contribui para a redução dos níveis de colesterol. Além disso, o alimento melhora os níveis de serotonina e dopamina no cérebro, substâncias associadas ao bem-estar, e diminuem o nível de insulina, dificultando o desenvolvimento de diabetes.
O azeite de oliva também é benéfico. Uma pesquisa nacional feita em 2008 pelo Instituto Brasileiro de Metabolismo e Nutrição revelou que o azeite de oliva é o alimento funcional mais importante, por reunir uma série de nutrientes que auxiliam na prevenção de doenças e estimulam o cérebro, além prevenir a degeneração dos neurônios.

Hambúrguer norte-americano

O país do fast-food é também o com maior índice de obesidade. Segundo estatística do Centro de Controle de Doenças americana, mais da metade da população adulta está acima do peso e, provavelmente, viverá menos que seus pais.
Além de gorduras, os fast-foods carecem de nutrientes e contém muito sódio, mineral responsável pela retenção de líquido no corpo, pelo aumento de problemas cardiovasculares e dos riscos de hipertensão. Porém, hoje em dia é tendência nas redes oferecer opções mais saudáveis e leves. "Conhecendo os alimentos oferecidos por essas redes de fast food, basta ter disciplina para optar pelas refeições mais saudáveis e não passar vontade", ensina Roberta.
Tente optar pela salada. Isso fará a quantidade de calorias da refeição despencar, se comparada com a combinação sanduíche e batata-frita. Algumas redes oferecem refil de refrigerante. Não caia em tentação e substitua o refrigerante pelo suco ou pelo chá gelado. Escolha sempre a menor porção, evitando quantidades maiores de acompanhamento.
O lanchinho em casa pode ser a melhor opção, com hambúrguer grelhado, pão integral e muita salada para rechear.

À italiana

Pizza, massas, almôndegas. A culinária italiana já está mais que incorporada no hábito alimentar do brasileiro. O difícil é ter quem resista. Sabendo disso, sua dieta pode sim conter o mais gostoso da Itália, sem prejudicar a balança.
"As massas combinadas com molho podem se tornar muito calóricas e, por isso, é necessário atenção na hora de escolher. Se for preparar um macarrão, opte pelos que não tem recheio e pelo molho de tomate, já que o molho branco, quatro queijos e à bolonhesa são bastante calóricos", aconselha Roberta Stella.
Acrescentar a massa à salada pode ser uma boa opção. Mata a vontade e fica mais leve. O importante é não abusar da refeição. "Assim como qualquer outro prato, a massa tem nutrientes importantes para a dieta".
Substituir a farinha de trigo pela integral ou de soja, acrescentar espinafre na preparação e substituir o queijo do recheio de pães e salgados por hortaliças e legumes, como cenoura, batata ou brócolis, podem deixar sua massa um pouco mais leve.

Brasileira para dar sorte

Não há nada como uma comidinha bem brasileira. Apesar de o nosso país misturar sabores, cores e gostos de todos os cantos do mundo, nós sempre recaímos sobre a dupla dinâmica "arroz com feijão". E o prato não é sem graça não, como a expressão passou a indicar. Muito mais que isso, a combinação é uma delícia e pode ser muito usada em nossa dieta.
"O arroz é fonte de carboidratos e vitaminas do complexo B, já o feijão (leguminosa) é fonte de ferro, proteínas e fibras. Por isso, a dupla se completa e faz a combinação ideal para quem quer manter uma dieta nutritiva e equilibrada, além de proporcionar saciedade de longa duração", explica a nutricionista do Dieta e Saúde.

domingo, 30 de maio de 2010

Alimentos para melhorar o humor

Estudo revela que alguns alimentos são capazes de melhorar o humor de toda a família

Crescer

Novas pesquisas mostram que alguns alimentos são capazes de deixar a gente mais feliz . Veja aqui as nossas sugestões para melhorar o humor de todo mundo, inclusive o das crianças:

• Grão-de-bico: libera serotonina, um neurotransmissor que ajuda a regular o humor. Prepare uma salada com os grãos e folhas verdes escuras.

• Peixes: ricos em vitamina B12. A falta dela está associada à depressão em adultos. Faça no forno com molho de ervas.

• Semente de abóbora: rica em potássio, que contribui para evitar a fadiga – quanto menos cansaço, mais ânimo. É ainda fonte de magnésio, que estimula a produção de células cerebrais. Pode ser consumida como petisco.

Fonte: Viviane Rodrigues Guerra, nutricionista do Hospital Santa Catarina (SP)

Com apenas dois anos de idade, menino fumante já pode estar viciado

27/05/2010 11h35 - Atualizado em 27/05/2010 17h15

Com apenas dois anos de idade, menino fumante já pode estar viciado
Indonésio Aldi SugandaRizal fuma cerca de 40 cigarros por dia.
Número alto é indício da dependência de nicotina, diz especialista.


Iberê Thenório
Do G1, em São Paulo


O menino indonésio de dois anos que fuma cerca de 40 cigarros por dia já é uma provável vítima do vício em cigarros, afirmam pneumologistas ouvidos pelo G1 nesta quinta-feira (27). Na última quarta, a agência de notícias Barcroft Media divulgou imagens do pequeno Aldi SugandaRizale que, de acordo com sua família, tem esse hábito desde os 18 meses e fica furioso quando fica sem fumar.
Segundo Oliver Nascimento, médico e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ninguém começa a fumar tanto de uma só vez. O número de cigarros aumenta conforme o cérebro se torna dependente da nicotina.

Aldi SugandaRizal, de 2 anos, é visto fumando cigarro enquanto brica com parentes em 23 de maio, em Sekayu, distrito de Sumatra, na Indonésia. (Foto: Barcroft / Getty Images)

"Temos receptores no cérebro à qual a nicotina se liga e libera dopamina, uma substância que gera bem-estar. A pessoa começa a fumar aos poucos, e esses setores do cérebro ávidos por nicotina começam a ficar mais numerosos", explica o médico, que também é diretor da Sociedade Paulista de Pneumologia.
A médica Elnara Negri, do hospital Sírio-Libanês, acrescenta que a dependência se manifesta mais rápido em pessoas mais novas. "Há alguns estudos mostrando que, quanto mais jovem você inicia o hábito de fumar, mais rápido você se torna dependente", diz a pneumologista.

Um em cada dois morrem
Começando a fumar tão cedo, Aldi SugandaRizal é um grande candidato a ter doenças relacionadas ao cigarro. "São raras as pessoas que fumam muito não têm problemas de saúde. Em geral, a cada dois fumantes haverá um que morrerá por algo relacionado ao cigarro", conta Nascimento.
Segundo a médica do Sírio-Libanês, o vício precoce pode trazer mais riscos de câncer. "As chances de ele ter mutações nas células é muito maior. As doenças pulmonares também podem ser mais graves, pois o pulmão ainda está em formação", conta.

Jovens
O pneumologista da Unifesp conta que no interior do Brasil também são comuns casos de pessoas muito jovens que fumam. "Vemos crianças com 10 ou 12 anos que fumam cigarros de palha, que as pessoas pensam que não faz mal, mas não é verdade. Há até um estudo brasileiro mostrando que o cigarro de palha traz mais risco à saúde do que o cigarro comum."
De acordo com Elnara, apesar de a proporção de fumantes em relação à população estar caindo, é crescente o número de mulheres e adolescentes a partir dos 12 ou 13 anos que estão aderindo ao hábito.

Doença 'escondida'
Ainda que o pai do menino indonésio garantir que ele é saudável, o consumo de cigarros pode estar minando a saúde do garoto sem que se perceba. Além das doenças tradicionalmente relacionadas ao cigarro, como problemas cardiovasculares e o câncer, o fumo pode ir destruindo aos poucos os alvéolos pulmonares – pequenas estruturas que captam oxigênio.
A falta de ar causada pela lenta "desativação" do pulmão, nem sempre encarada com seriedade, acaba levando à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). O problema, que compromete para sempre a capacidade respiratória, só costuma ser detectado depois de 17 anos de seu início, revelou uma pesquisa realizada recentemente pelo grupo Ipsos com 229 brasileiros.