segunda-feira, 18 de maio de 2009

Atividade física durante a gestação

Já é lugar comum a defesa das boas conseqüências para a saúde da pratica de atividade física para as pessoas em geral. As gestantes que praticam essa atividade têm uma melhor capacidade cardio-respiratória ,melhor condições musculares e esqueléticas que ajuda na adaptação às mudanças posturais e no próprio trabalho de parto. Os exercícios de ginástica garantem fortalecimento muscular, protegendo assim as articulações e reduzindo o risco de lesões. Ajudam também na oxigenação, na circulação e no controle da respiração. Já os exercícios desenvolvidos na água favorecem o relaxamento corporal, reduzem as dores nas pernas e o inchaço dos pés e mãos.
Antes do início dos exercícios, a gestante deve passar por consulta de pré-natal para ser avaliada pelo obstetra. As mulheres que já praticavam atividade física e que nunca sofreram aborto espontâneo, podem continuar as atividades após adaptação para seu novo estado. Já aquelas sedentárias devem iniciar os exercícios após a décima segunda semana de gestação. Não havendo problemas, os exercícios podem ser continuados até o parto, embora seja necessário reduzir a intensidade aos poucos. Após o parto normal, as atividades podem ser retomadas após 40 dias. No caso de cesárea, o médico avalia cada caso.
As atividades físicas mais recomendadas são :Caminhada: melhora a capacidade cardio respiratória e favorece o encaixe do bebê na bacia da mãe. O ideal é caminhar 3 vezes por semana, cerca de 30 minutos.Natação: trabalha bastante a musculatura. Atenção: apenas algumas modalidades são liberadas durante a gestação. Hidroginástica: são os mais indicados para as gestantes! Alongamento: ajuda a manter a musculatura relaxada e o controle da respiração.
A prática de atividade física deve ser sempre indicada e acompanhada por profissional qualificado, incluindo médicos, fisioterapeutas e profissionais de educação física.
A atividade física consiste em exercícios bem planejados e bem estruturados, realizados repetitivamente. Eles conferem benefícios aos praticantes e têm seus riscos minimizados através de orientação e controle adequados. Esses exercícios regulares aumentam a longevidade, melhoram o nível de energia, a disposição e a saúde de um modo geral.
R.L.Biggs e colaboradores obstetras de um departamento da Marinha Americana em Guann fizeram um inquérito sobre a gravidez com 59 perguntas realizadas nas primeiras 24 horas pós-parto e recolhidos antes da alta. A maioria afirmou que a gravidez não tinha mudado planos de carreira. As maiorias das oficiais não consideram que seus comandos deram apoio durante a gravidez. Oitenta e dois por cento das gestações não foram planejadas entre os oficiais solteiros. A maioria das gestações ocorreu durante seu primeiro alistamento. Três quartos de todos os solteiros pediram o apoio financeiro da Marinha pois não queriam o envolvimento dos pais.A gravidez se desenvolveu normalmente na maioria das oficiais com a realização das atividades esportiva do exigidas pela corporação.
Fonte :: Mil Med. 2009 Jan;174(1):61-75

Família com falta do hormônio de crescimento


Em 1921, foi demonstrada a existência do hormônio de crescimento (GH) e, duas décadas após, ele sintetizaram o hormônio cristalino . O hormônio de crescimento tem importantes funções no organismo, além do papel que lhe sugere o nome.A ação do hormônio de crescimento é sobre o crescimento, composição corporal, os metabolismos lipídico, glicídico e ósseo, risco cardiovascular, vida reprodutiva e a qualidade de vida.
Carla R. P. Oliveira e colaboradores, endocrinologistas do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe, Aracaju fazem , uma analise em que 105 indivíduos de uma mesma família apresentam deficiência genética isolada do hormônio de crescimento de herança autossômica recessiva, com níveis extremamente baixos de desse hormônio (deficiência de GH tipo IB) , por causa da mutação homozigótica no gene do receptor do hormônio liberador do hormônio de crescimento (GHRH-R), descrita em Itabaianinha, Sergipe . Embora as conseqüências da deficiência do GH (DGH) possam diferir quando isolada ou associada a outros hormônios hipofisários, quando iniciada na infância ou na idade adulta, quando grave ou moderada, o modelo em questão é único para se estudar as conseqüências puras da deficiência isolada do hormônio de crescimento (DIGH) vitalícia e não-tratada no organismo humano.
Os autores descrevem as conseqüências puras, em longo prazo, da deficiência isolada e vitalícia do hormônio de crescimento (GH). Foi constatada baixa estatura grave com estatura final entre -9,6 a -5,2 desvios-padrão abaixo da média, com redução proporcional das dimensões ósseas, redução do volume da adeno hipófise corrigido para o volume craniano e da tireóide, do útero, do baço e da massa ventricular esquerda, todos corrigidos para a superfície corporal, em contraste com o tamanho de pâncreas e fígado, maior que o de controles, quando igualmente corrigidos. As alterações características da composição corporal incluem redução acentuada da quantidade de massa magra (kg) e aumento do percentual de gordura com depósito predominante no abdome.
Nos aspectos metabólicos são encontrados aumento de colesterol total e LDL, redução de insulina e do índice de resistência à insulina usando um modelo de controle homeostase , acompanhados de aumento da proteína C reativa de alta sensibilidade e da elevação da pressão arterial sistólica nos adultos, embora sem evidências de aterosclerose precoce. Outros achados incluem resistência óssea menor, embora acima do limiar de fraturas, puberdade atrasada, fertilidade normal, paridade diminuída, climatério antecipado e qualidade de vida normal

Fonte :: Arq Bras Endocrinol Metab 52 (5) Julho 2008

Asma na gravidez

Diversos fatores podem favorecer o agravamento da asma na gravidez. Alteração hormonal, aumento do volume uterino que, conseqüentemente, empurra o diafragma, comprime o tórax e diminui a expansibilidade dos pulmões, além de aspectos emocionais, como ansiedade e insegurança. A gestante asmática, registre-se, é mais suscetível a contrair infecções respiratórias, especialmente pneumonias.
Estatisticamente, a evolução da asma na gestante é assim definida. Em 1/3 das gestantes há melhora das crises, 1/3 piora e 1/3 prossegue sem nenhuma alteração. Para manter um quadro controlado, deve-se procurar a um pneumologista para a realização de tratamento preventivo.
É importante que as gestantes não suspendam o uso de medicamentos, pois pode haver complicações indesejáveis. Aliás, o uso da budesonida, uma corticóide para inalação, apresenta boa segurança e é autorizado pela FDA, agência reguladora americana que controla alimentos, medicamentos, entre outros itens.
A gravidez com asma não controlada aumenta o risco do bebê. As complicações tanto podem atingir a mãe, que pode ter pré-eclampsia, diabetes e rompimento prematuro da bolsa, como afetar a criança, que corre o risco de ter baixo peso ao nascer, entre outros problemas
Ainda existem riscos, como a diminuição de oxigênio na corrente sangüínea da mãe, o que é fator de comprometimento do crescimento e da sobrevida do feto, impedindo-o de se desenvolver normalmente.
Os sintomas costumam melhorar durante as últimas quatro semanas da gravidez. Também é bom lembrar que a criança pode ou não nascer com a doença. Uma vez que se trata de um mal de origem genética, transmissível pelo gene da mãe ou do pai, não há como determinar antecipadamente.

F. Bacopoulou e colaboradores pediatras da Universidade de Atenas, Grécia analisam a prevalência de asma desde a infância até a adolescência, em uma população de 2133 crianças de 7 e 18 anos de idade. A prevalência de asma foi de 9,0% em media aos 7 anos e 5,0% aos 18 anos. A prevalência da asma ao longo da vida de 18 anos foi de 26,3%. Mais de metade das crianças (58,2%), com início precoce asma eram assintomáticos aos 7 anos e apenas 7,6% continuaram a ter sintomas durante a adolescência. Contudo, em 48,2% daqueles com início tardio asma, os sintomas persistiram até aos 18 anos. Análises de regressão logística e estatistica mostrou que sexo masculino, história familiar de atopia ( alergias cutanias , tabagismo ativo do adolescente e fumo materno foram significativamente associados positivamente com asma continua ate os 18 anos. Além disso, fumar durante a gravidez, estava associado com um risco aumentado de persistência de sintomas de asma dos filhos ate os 18 anos. Asma na infância e adolescência o tabagismo ativo foram positivamente associados, mas o consumo diário de frutas e hortaliças diminuiu a asma atual em jovens com 18 anos de idade. As crianças que foram amamentadas tiveram um menor risco de terem asma ao longo da vida desde os 7 anos. Os autores concluem que a prevalência de sintomas de asma jovens de 7 e 18 anos de idade foi baixa em toda a Grécia, comparados aos resultados de outros paises, que os autores atribuíram ao consumo diário de frutas e hortaliças

Veja mais em www.intramed.uol.com.br

Fonte :: J Asthma. 2009 Mar;46(2):171-4

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Pílula do dia seguinte é usada de forma errada, mostra pesquisa em PE

CLÁUDIA COLLUCCI
da Folha de S.Paulo

Pesquisa com 4.200 estudantes entre 14 e 19 anos mostra que 27% já usaram a pílula do dia seguinte. Desses, 78% o fizeram de forma errada: tomaram o remédio antes do ato sexual ou ao notar o atraso da menstruação, por exemplo.

A pílula -que impede a fertilização do óvulo pelo espermatozoide- deve ser prescrita pelo médico e usada até 72 horas após o ato sexual desprotegido. O método contraceptivo é oferecido pelo SUS.

O estudo, feito em 76 escolas estaduais de 44 municípios de Pernambuco e publicado em periódico científico da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), revelou ainda que 35% dos alunos nunca haviam recebido informações sobre o método contraceptivo de emergência. E, entre os que receberam, a principal fonte foram os amigos.

Para o ginecologista Nilson Roberto de Melo, presidente da Febrasgo (federação das sociedades de ginecologia e obstetrícia), o alto índice de desconhecimento sobre a pílula não surpreende: "É até esperado. Muitos jovens usam a contracepção de emergência de forma errada porque não recebem informações apropriadas."

Segundo as pesquisadoras e autoras do estudo, Maria Suely de Araújo e Laura Olinda Fernandes Costa, da Universidade de Pernambuco, quatro em cada dez entrevistados (44%) já tinham iniciado a vida sexual - 30,9% entre os 13 e os 14 anos.

Entre os que mantêm relações sexuais, 60% dos rapazes e 24% das moças contaram ter tido três ou mais parceiros. A maioria diz ter usado camisinha na última relação sexual.


Editoria de Arte/Folha Imagem




Amigo

Os amigos foram mais citados como fontes de informação sobre a contracepção de emergência do que os profissionais de saúde e os professores.

"Os adolescentes recorreram aos amigos, provavelmente não preparados para isso, e podem ter recebido informações deformadas. O fato mais preocupante, porém, é a baixa participação dos profissionais de saúde como agentes de informação", dizem as pesquisadoras.

Elas verificaram também que os jovens consideram monótonas e desinteressantes as palestras realizadas nos serviços de saúde. "Há necessidade de desenvolver programas de educação sexual e reprodutiva efetivamente voltados para os adolescentes, numa linguagem mais próxima à sua realidade".

Nilson de Melo, da Febrasgo, concorda: "As políticas sexuais e reprodutivas do sistema de saúde não são focadas no jovem, o que é um erro porque a taxa de fecundidade cai em todas as faixas etárias, exceto na adolescência. É um público que merece mais atenção."

São Paulo

Em São Paulo, dados parciais de um estudo que está sendo desenvolvido pela Faculdade de Saúde Pública da USP também revela o desconhecimento dos adolescentes em relação à pílula do dia seguinte: menos de 20% deles sabem que o método deve ser usado em caso de emergência, por exemplo.

Segundo a pesquisadora Ana Maria Lefevre, uma das coordenadoras do estudo, os jovens ainda fazem a "maior confusão na utilização da pílula". Lefevre também não se surpreendeu com os dados da pesquisa da Universidade de Pernambuco.

"No nosso estudo, teve menino achando que a pílula é abortiva, outros que pensam que é para vir a menstruação e existe até quem acredite que ela sirva para engravidar."

A pesquisa da USP ouviu 300 adolescentes paulistas entre 12 e 20 anos e 60 profissionais da saúde para investigar a percepção desse público sobre o método. Para 8,3% dos profissionais entrevistados ela serve como abortivo. "Há influência de muitas questões, inclusive religiosas, intervindo nas opiniões e decisões", explica Lefevre.

O estudo também revelou que a grande maioria dos jovens entrevistados é a favor da pílula, mas eles também não conhecem bem seu funcionamento. Para 30% dos homens e 45,26% das mulheres entrevistados ela serve simplesmente para evitar uma gravidez.

Apenas 17,14% deles e 13,36% delas dizem que esse método só deve ser usado em situações de emergência.

Para o ginecologista Nilson de Melo, muitas adolescentes têm usado a pílula de emergência como um contraceptivo comum. "Um dos efeitos colaterais mais comuns é a alteração no ciclo menstrual." Ou seja, fica quase impossível calcular o período fértil.

Outros sintomas são dor de cabeça, sensibilidade nos seios, náuseas e vômitos.

Magra aos 20, 30, 40




TPM, ansiedade, stress, alterações hormonais, perda de músculos... A cada década, o corpo tem suas razões para resistir ao emagrecimento. A boa notícia é que mudanças na dieta ajudam você a virar esse jogo. Por isso, invista em alimentos integrais, antioxidantes e anti-inflamatórios: eles driblam as alterações que emperram a balança. E siga o cardápio certo para sua idade – dá para perder cerca de 1 quilo por semana!





por Eliane Contreras fotos Alfredo Franco

20 anos


É fácil perder peso
Quem está acima do peso nessa fase tem a vantagem de o organismo responder mais facilmente às mudanças nos hábitos alimentares. É só reduzir a pizza, o refrigerante e o salgadinho para o excesso na cintura e no culote ir embora. Ok, por causa dos hormônios sexuais a mil, é comum você sentir mais fome. A nutricionista Marcella Amar e a cardiologista adepta da terapia ortomolecular Heloísa Rocha, ambas do Rio de Janeiro, sugerem alimentos que você deve colocar no prato para controlar melhor o apetite e vencer os desconfortos típicos dessa fase da vida.

• Arroz, massa e pão integrais: as fibras presentes nesses alimentos aumentam o tempo de absorção dos nutrientes da refeição, prolongando a saciedade. Elas também estimulam o intestino, desde que você beba água (oito copos por dia) – fibra sem água faz você ir menos ao banheiro.

"Quando cheguei aos 20, mudei meu cardápio. Cortei fast food, reduzi o chocolate
e troquei a massa, o pão e o arroz refinados pela versão integral. Parei com a
história de não gostar de salada e fruta, além de adotar o iogurte como aliado"
Juliana Didone, 24 anos, 1,72 m, 55 kg



• Leite, iogurte e queijo com baixo teor de gordura: garantem cálcio, que, entre os vários benefícios, ameniza os sintomas da TPM, como irritabilidade e ansiedade. Menos ansiosa, você controla melhor a vontade de doce.

• Feijão, lentilha, grão-de-bico e carne vermelha magra: são boas fontes de ferro, que, nessa faixa etária, costuma ficar em baixa por causa do fluxo menstrual intenso. Além de anemia e fraqueza, a carência do mineral pode desencadear a Síndrome da Fome Oculta – distúrbio que faz você comer muito e não se sentir satisfeita. Resultado: emagrecer fica cada vez mais difícil.

• Frutas cítricas e folhas escuras: oferecem vitamina C, importante para favorecer a absorção do ferro. Por ser um poderoso antioxidante (neutraliza os radicais livres), essa vitamina ainda é capaz de manter a pele jovem por muito mais tempo.


30 anos

Ansiedade engorda

Nesta década, o metabolismo começa a tirar o pé do acelerador (estima-se que, a partir daqui, o ritmo diminui naturalmente 4% a cada década). O corpo também passa a perder massa magra gradativamente (cerca de 1% por ano), o que diminui ainda mais a velocidade do metabolismo. Conclusão: emagrecer não é tão fácil quanto aos 20 anos. Para completar, a ansiedade e o stress provocados pelas cobranças profissionais fazem com que o organismo produza menos serotonina. A carência desse neurotransmissor, capaz de aumentar a saciedade e o bem-estar, faz você comer mais, especialmente doce.

Veja o que Heloísa e Marcella recomendam colocar no prato para virar esse jogo.


"Mudei radicalmente minha alimentação quando entrei nos 30, e enxuguei 4 quilos.
Troquei a carne vermelha por peixe e virei fã das sementes (linhaça, girassol e
gergelim). Economizo na massa e capricho nas frutas e verduras. Como cenoura e
espinafre até no café-da-manhã" Daniele Suzuki, 31 anos, 1,65 m, 50 Kg


• Atum, camarão, castanha-do-pará: ricos em selênio, eles minimizam a perda de músculos (massa magra), importantes para manter o metabolismo acelerado e facilitar a queima de calorias. O selênio ainda preserva a integridade das células, mantendo a pele lisinha.


• Quinua e cogumelo: os dois têm proteína de alto valor biológico e, por isso, são boas opções para manter os músculos. A quinua também tem carboidrato de baixo índice glicêmico. Ou seja, leva mais tempo para ser transformado em açúcar no sangue, mantendo a produção de insulina sob controle. Em excesso, esse hormônio resulta em gordurinhas extras.

• Batata, berinjela, peito de peru, tomate: são alimentos com substâncias que participam da produção de serotonina. Com isso, você evita o ciclo vicioso ansiedade, menos serotonina, mais compulsão a doce.

• Chá verde, branco e vermelho: ricos em antioxidantes, ajudam a desintoxicar, desinchar e acelerar o metabolismo. Além disso, são grandes aliados contra as ruguinhas precoces.


40 anos

Músculo é essencial

É aqui que o corpo revela os cuidados recebidos nas décadas anteriores. Além disso, é a fase que o padrão hormonal começa a mudar. O estrogênio e a progesterona (hormônios femininos) são produzidos em menor quantidade por causa da aproximação da menopausa e, com isso, a testosterona (hormônio masculino) se mantém em maior proporção.


"Para perder peso aos 20 anos, era só comer menos que o jeans ficava
soltinho no dia seguinte. Agora é mais difícil. Mas não é impossível quando a
gente faz exercício e elege alimentos que ajudam a equilibrar os hormônios, como
a soja. Além disso, não economizo nas folhas e nos legumes" Luíza Brunet, 46
anos, 1,76 m, 62 kg



Resultado: o metabolismo entra num ritmo ainda mais lento e o volume de massa magra em declínio. Percebeu por que as mulheres na faixa dos 40 têm que batalhar mais que as de 30 para emagrecer? Pode ser pior se você abusou dos alimentos superindustrializados, do cigarro e se expôs muito ao sol e à poluição. Ao longo do tempo, eles inflamam as células, deixando o corpo ainda mais resistente à perda de peso. Mas dá para amenizar essas mudanças incluindo alimentos protéicos e anti-inflamatórios na dieta.

• Soja e linhaça: o grão e a semente têm substâncias (fito-hormônios) capazes de reequilibrar os hormônios femininos, amenizando os efeitos negativos acarretados pelas falhas de estrogênio e progesterona, como redução de músculo e ganho de gordura.

• Proteína magra (frango, peixe): é indispensável para compensar a redução de massa magra (músculos) – importantíssima para manter o metabolismo acelerado. Está comprovado que uma dieta protéica e exercício são fundamentais para a mulher nessa faixa etária se manter magra, durinha e com visual saudável.

• Frutas vermelhas (amora, açaí, morango) e chá verde: ricos em antioxidantes com ação anti-inflamatória, combatem a inflamação nas células. A partir disso, tudo no organismo funciona melhor, inclusive o metabolismo. O inhame também tem o poder de desinflamar.

Três passos para acelerar a dieta

O alimento que você não
pode deixar de incluir no cardápio, mudanças importantes no estilo de vida e um suplemento. Coloque em prática essas sugestões para emagrecer mais facilmente



20 anos
Lentilha

Está na lista dos alimentos que contêm ferro. Ainda tem a vantagem de oferecer fibras insolúveis, que dão saciedade e melhoram o funcionamento do intestino. Como não são absorvidas pelo organismo, essas fibras aumentam o volume das fezes, facilitando sua eliminação. Nesse processo, levam as toxinas que dificultam a perda de peso.

É bom evitar
Comer chocolate em excesso e transformar o fast food num hábito. Além disso, maneire no chope (um copo de 300 ml tem as mesmas calorias de um pão francês) da happy hour. E, claro, deixe a vida sedentária de lado para ganhar mais músculos desde já – vai facilitar (e muito!) sua relação com a balança aos 20, 30, 40...

Cápsula de vitamina C
Caso você não consiga aumentar o consumo de frutas (laranja, kiwi, acerola) e vegetais (couve, couve-de-bruxelas) que oferecem essa vitamina, recorra às cápsulas. A dose recomendada é 500 mligramas por dia. Essa vitamina favorece a absorção de ferro, combatendo anemia, além de neutralizar os radicais livres – inimigos da pele jovem.


30 anos
Cogumelo
Estudos revelam que o sabor desse alimento aciona uma espécie de centro de recompensa do nosso sistema nervoso. Ativado, esse centro manda uma mensagem de saciedade ao cérebro. Ainda contém vitaminas, fibras, minerais e alto valor protéico – quatro colheres de sopa de shiitake equivalem a um filé pequeno de carne vermelha.

É bom evitar
Intervalos longos (mais de três horas) sem comer. Está mais do que comprovado que fazer pequenos lanches entre as refeições é o pulo-do-gato para manter o metabolismo trabalhando contra as gordurinhas. Mude também o hábito de colocar mais de um carboidrato (arroz e batata ou arroz e milho ou macarrão e cenoura) no prato.

Levedo de cerveja
Essa substância natural, resultante da fermentação da cerveja, é rica em fibras e proteínas – dupla que reduz a resistência à insulina. Resultado: menos estoques de gordura. Fonte de vitaminas do complexo B, o levedo também estimula o metabolismo – outro ponto a favor da dieta. Recomendação: dois tabletes por dia.


40 anos
Inhame
Tem o poder de amenizar os efeitos negativos do hormônio cortisol, em especial a inflamação nas células. Um dos prejuízos dessa alteração é a diminuição do GH (hormônio do crescimento, que, no adulto, favorece a queima de gordura). “Faltam estudos revelando por que o inhame tem efeito anti-inflamatório. Mas as experiências clínicas mostram que ele é eficiente”, diz Marcella.

É bom evitar
Comer na mesma quantidade que aos 20 ou 30 anos, principalmente se você não malha. “A recomendação é diminuir 10% das calorias diárias”, diz Heloísa Rocha. Fracionar mais a alimentação, realizando seis pequenas refeições no dia, e apostar nas proteínas são estratégias que ajudam você a sentir menos fome.

Whey protein
A proteína isolada do soro do leite é absorvida facilmente pelo organismo e, por isso, é uma grande aliada para o aumento de massa magra – importante para manter o metabolismo acelerado. O ideal é consumir essa proteína até uma hora após o exercício, na medida recomendada na embalagem (dois dosadores por dia).

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Sete dores que não devem ser menosprezadas

7 dores que são a ponta do iceberg
Elas avisam: algo está errado. Mas preferimos pensar que vão passar depressa a procurar um médico. É aí que muitas vezes damos de cara com o perigo. Saiba como escapar de um engano



por DÉBORA DIDONÊ
design THIAGO LYRA



Levante a mão quem nunca se automedicou por causa de uma dor. É corriqueiro achar que ela é um mal passageiro, entupir-se de analgésico e esperar até ela se tornar insuportável para ir ao médico. Estudos indicam que 64% dos brasileiros tentam se livrar da sensação dolorosa sem procurar ajuda. Foi assim com a auxiliar de dentista Antônia Sueli Ferreira, 45 anos, de São Paulo. “Tomei muito remédio durante três meses por causa de cólicas fortíssimas e do que parecia ser uma lombalgia. Só depois fui ao médico. E então descobri que tinha um câncer colorretal. Tive de ser submetida às pressas a uma cirurgia. Por sorte, estou bem”, conta. Segundo o cirurgião Heinz Konrad, do Centro para Tratamento da Dor Crônica, em São Paulo, “a dor é um mecanismo de proteção que avisa quando algo nocivo está acontecendo”. A origem do malestar? Eis a questão — e, para ela, precisamos ter sempre uma resposta. “Na dúvida, toda dor precisa ser checada, ainda mais aquela que você nunca sentiu igual”, aconselha o cardiologista Paulo Bezerra, do Hospital Santa Cruz, em Curitiba. Aqui, selecionamos sete dores que você nunca deve ignorar.

Dor de cabeça



Dos 10 aos 50 anos, ela geralmente é causada por alterações na visão ou nos hormônios — esta, mais comum entre as mulheres. E esses são justamente os casos em que a automedicação aumenta o tormento. “Isso porque, quando mal usado, o analgésico transforma uma dorzinha esporádica em diária”, avisa o neurocirurgião José Oswaldo de Oliveira Júnior, chefe da Central da Dor do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo. Acima dos 50 anos, as dores de cabeça merecem ainda mais atenção: é que podem estar relacionadas à hipertensão.







Dor de garganta



Costuma ser causada pela amigdalite de origem bacteriana ou viral. “Se não for tratada, a amigdalite bacteriana pode exigir até cirurgia”, alerta o otorrinolaringologista Marcelo Alfredo, do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André, na Grande São Paulo. A do tipo viral baixa a imunidade e, em 10% dos casos, vira bacteriana. Portanto, pare de banalizar essa dor. Se ela parece nunca ir embora, abra os olhos: certos tumores no pescoço também incomodam e podem ser confundidos, pelos leigos, como simples infecções.


Dor no peito




“Quando o coração padece, a dor é capaz de se espalhar na direção do estômago, do maxilar inferior, das costas e dos braços”, descreve o cardiologista Paulo Bezerra. Em geral, isso acontece quando o músculo cardíaco recebe menos sangue devido a um entupimento das artérias. “A sensação no peito é como a de um dedo apertado por um elástico. E piora com o estresse e o esforço físico”, explica Bezerra. Não dá para marcar bobeira em casos assim: o rápido diagnóstico pode salvar a vida.






Dor nas pernas


Muita gente não hesita em culpar as varizes — às vezes injustamente. “A causa pode ser outra”, avisa a fisiatra Lin Tchia Yeng, do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Uma artrose, por exemplo, provoca fortes dores nos pés e nos joelhos. Se não for tratada, piora até um ponto quase sem retorno. “Em outros indivíduos a dor vem das pisadas”, explica Lin. “É quando há um erro na posição dos pés ou se usam calçados inadequados.” Sem contar doenças como hipotireoidismo e diabete, que afetam a circulação nos membros. “Há medicamentos específicos para resolver a dor nesses casos”, diz a reumatologista Solange Mandeli da Cunha, do Centro de Funcionalidade da Dor, em São Paulo.

Dor abdominal



Uma dica: o importante é saber onde começa. Uma inflamação da vesícula biliar começa no lado direito da barriga, mas tende a se irradiar para as costas e os ombros. Contar esse trajeto ao médico faz diferença. “Se a pessoa não for socorrida, podem surgir perfurações nessa bolsa que guarda a bile fabricada no fígado”, diz o cirurgião Heinz Konrad. Nas mulheres, cólicas constantes — insuportáveis no período menstrual — levantam a suspeita de uma endometriose, quando o revestimento interno do útero cresce e invade outros órgãos. “Uma em cada dez mulheres que vivem sentindo dor no abdômen tem essa doença”, calcula a anestesiologista Fabíola Peixoto Minson, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.





Dor nas costas



A má postura e o esforço físico podem machucar a coluna lombar. “É uma dor diária, causada pelo desgaste físico e pelo sedentarismo”, diz o geriatra Alexandre Leopold Busse, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Conviver com o tormento? Essa é a pior saída. A dor nas costas, além de minar a qualidade de vida, pode escamotear o câncer no pâncreas também. “No caso desse tumor, surge uma dor lenta e progressiva”, ensina a fisiatra Lin Tchia Yeng. Por precaução, aprenda que a dor nas costas que não some em dois dias sempre é motivo de visitar o médico.

Dor no corpo


Se ele vive moído, atenção às suas emoções. A depressão, por exemplo, não raro desencadeia um mal-estar que vai da cabeça aos pés. “O que dá as caras no físico é o resultado da dor psicológica”, diz Alaide Degani de Cantone, coordenadora do Centro de Estudos e Pesquisas em Psicologia e Saúde, em São Paulo. “Quem tem dores constantes aparentemente sem causa e que vive triste, pessimista, sem ver prazer nas coisas nem conseguir se concentrar direito pode apostar em problemas de ordem emocional”, opina o psiquiatra Miguel Roberto Jorge, da Universidade Federal de São Paulo. E, claro, essas dores que no fundo são da alma também precisam de alívio.

Obesidade é genética ?



Para responder a essa pergunta existem trabalhos internacionais patrocinados pelos governos da Inglaterra e os Estados Unidos.
A parte central do estudo genético da obesidade é denominada "Estudo do genoma humano relativo à obesidade e diabetes", centralizada no Reino Unido e com participação de vários países europeus. Nos EUA existe programa semelhante financiado pelo "National Institutes of Health
Um dado importante que esses estudos mostraram e que deve ser de conhecimento do publico em geral Os genes são herdados, obviamente, dos pais. Se um deles é obeso, o filho tem chances de ser obeso também, se ambos os pais são obesos e vem de famílias obesas as chances são maiores. O importante saber que esses genes podem se manifestar, isto é, causar obesidade ou nunca mostrarem qualquer efeito. Hoje se atribui um maior importância as circunstancias ambientais ou orgânicas associadas O ambiente tem um enorme papel: quando existe abundância de "comida", excessiva tensão emocional , alterações hormonais, os genes se manifestam e causam a obesidade
Apenas 6% dos obesos já têm diagnóstico genético confirmado (defeitos no sistema leptina-melano-cortina). Quando não é produzida leptina, a criança ganha peso desde os 2 anos de idade. O tratamento é realizado com injeções de leptina com excelentes resultados. Provavelmente outros genes que influenciam o aparecimento da obesidade mas não foram descobertos
Hoje os especialistas dessa área já admitem com alguma certeza que a obesidade que se manifesta desde a fase escolar (6-7 anos), que é progressiva e persistindo na fase adulta tenha uma origem genética. Fica com uma comprovação maior se essa criança tiver uma história familiar de diabetes e obesidade. Ajuda a confirmar a causa genética o fato que os vários tratamentos instituídos resultam em insucesso ( produzindo o efeito gangorra, com perdas de peso significativas e a volta dos mesmo em tempo mínimo de dieta livre). A obesidade tipo androide na mulher certamente tem grande componente genético Tipo andróide é que tem a gordura localizada na cintura, pernas grossas, pouco seio e torax pequeno.O tratamento para o obeso suspeito de ter embasamento genético deve ser individualizado e somente iniciado após exames laboratoriais. Deve ser contínuo, isto é, por alguns anos, com indicação de mudanças no estilo de vida. O obeso genético não tem a possibilidade de ser magro. Perderá peso, em limite fixado pelo médico, mas sempre ficará com sobrepeso.
O obeso deve saber que as complicações são inevitáveis e para ter melhor qualidade de vida, devera procurar ter o menor numero de complicações cardiovasculares, evitar o diabetes e complicações renais A dieta é item fundamental, espera-se no futuro que a genética possa orientar a dieta especifica para cada obeso baseado no seu genoma. Com certeza cada gene determinante de obesidade deverá manifestar-se diferentemente, atingindo menor gasto energético, maior formação de gordura, alterações do nível de insulina, etc. Cada um destes pontos poderá ter uma nutrição diferente.
A.I Blakemore e colaborador ,endocrinologistas Hospital Hammersmith, de Londres afirmam que as evidências atuais da ação genética na obesidade sublinha a importância de mecanismos neuroendócrina de regulação do apetite Embora tenha havido alguns progressos recentes muito animador no esclarecimento de mecanismos genéticos subjacentes a obesidade, estamos ainda muito longe de explicar a sua grande influencia no aparecimento da adiposidade. As investigações sobre diferentes formas de variação genética , tais como a presença de um polimorfismo(muitos genes), pode ampliar a compreensão da influenia genética na obesidade

Fonte :: J Clin Endocrinol Metab. 2008 Nov;93(11 Suppl 1):S51-6

Avaliação do Perfil Antioxidante da Quercetina e Quercetina-Cu(II) e sua relação com logP.


Sociedade Brasileira de Química ( SBQ)


Priscilla S. F. Figueiredo (IC), Roseline F. de Oliveira (IC), Jonatas
Gomes da Silva (IC), Silvia Keli B.
Alcanfor* (PQ), Luiz Antonio S. Romeiro
(PQ). E-mail: alcanfor@ucb.br

Universidade Católica de Brasilia ,

Aguas Claras, QS 7 lote 1 , Brasília-DF

29a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química

Introdução

Os estudos dos radicais livres e dos antioxidantes fenólicos têm aumentado bastante nestes últimos anos. A quercetina 1a é um conhecido antioxidante, abundante na natureza. O mecanismo pelo qual a quercetina exerce sua ação quanto antioxidante
resulta de uma combinação de suas propriedades quelante e seqüestradora de radicais livres, assim como a inibição da oxidação de membranas1. É evidente, portanto estabelecer a relação estrutura química - atividade biológica, através de estudos das propriedades coeficiente de partição (logP) com a atividade antioxidante da substância-alvo. No presente trabalho descreve-se a determinação do
logP da quercetina, como uma molécula modelo, na presença de cobre divalente, visando avaliar as propriedades metal quelante e antioxidante.

Resultados e Discussão

Estudo prévio das características espectrais no UV-Vis apontou a existência de interação de íons de Cu(II) com 1a em pH 7,4. Esta interação causou deslocamento batocrômico significativo em relação ao espectro de 1a (Figura 2). A literatura 2 relaciona este deslocamento à interação do Cu(II) com o anel B do flavonóide, através da interação do íon metálico com ,as hidroxilas do grupo catecol. Os resultadosaqui obtidos estão de acordo com a literatura. A região do espectro referente à absorção do anel A ficou inalterada nem função da
presença de íons Cu(II). A determinação da solubilidade de 1a e 1b foi obtida investigando seu coeficiente de partição em n-octanol/água. Este parâmetro foi avaliado por medidas de absorção da fase aquosa, após sucessivas adições de n-octanol.O valor experimental de logP 1,45 para 1a indica interação na fase lipofilica, devido ao baixo pka do grupo catecol, comparado a flavonóides que contem
fenol no anel B, o que evidencia que 1a tem igual solubilidade nas
fases orgânica e aquosa.
Evidenciou-se ainda a drástica diminuição do valor de logP quando a estrutura avaliada foi 1b. Com o objetivo de comprovar a eficácia da ação antioxidante de 1a, gerou-se um estresse oxidativo com espécies reativas de oxigênio, ativadas pelo acido ascórbico e Cu(II), para avaliar a inibição da oxidação lipídica da 2-desoxirribose (2-DR). Envolveram reações do tipo Fenton na presença de 1a, e também na presença somente de radicais livres, Cu(II) e ácido ascórbico (Figura 3). Os resultados comprovaram que 1a é um bom quelante e seqüestrador de radicais livres, não permitindo a ação das espécies reativas de oxigênio. O ácido ascórbico de acordo com a literatura, atua como próoxidante na presença de metal, gerando espécies reativas de oxigênio, causando uma grande agressão à camada lipídica.

Conclusões

O composto 1a demonstrou ser bastante eficaz como seqüestrador de radicais livres e quelante. Entretanto estas estruturas apresentaram-se diferentes quanto
às suas características lipofílicas, estando esse comportamento relacionado à estrutura química dos compostos. Através da avaliação do poder antioxidante de 1a pode-se constatar que o mecanismo de ação oxidante da quercetina difere do ácido ascórbico.

Agradecimentos

Universidade Católica de Brasília. _______________
1 Trueba, G. P.; Rev Cubana Invest. Biomed. 2003, 22 (1), 48.
2 Brown, J. E.; Biochem. J. 1998, 330, 1173.

Maçã para afastar a gripe

Substância da maçã ajuda a afastar a gripe


por Regina Célia Pereira

Tem até ditado dizendo que comer uma maçã por dia é a receita certa para manter-se longe das doenças e, portanto, do consultório médico. E não se trata de crendice. Estudos e mais estudos não param de confirmar isso. Agora, um trabalho da Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, mostra que a quercetina, substância que aparece aos montes no fruto, pode afastar a gripe. Os estudiosos americanos avaliaram a boa atuação em um grupo de ratos que foram separados dos demais e submetidos à atividade física. Depois, os cientistas botaram os animais em contato com o vírus causador da doença. Entre aqueles que receberam a substância houve maior proteção. "Por ter ação antioxidante, a quercetina preserva as células do sistema imune", avalia a nutricionista Andréa Esquivel de São Paulo

Leite materno: sinônimo de bebês bem alimentados


Autoridades de Saúde estimulam mães a amamentarem os seus filhos até os dois
anos de idade ou mais.



No lugar das chupetas e mamadeiras, entra em cena o leite materno. Amamentar no peito significa proteger a saúde do bebê de doenças como diarréias, distúrbios respiratórios, otites e infecções urinárias. Somado a isso, um estudo da Organização Mundial da Saúde mostra que o aleitamento materno como único alimento ao longo dos primeiros seis meses de vida pode reduzir em até um quinto os índices de mortalidade infantil em países em desenvolvimento.

Especialistas também acreditam que o bebê amamentado conforme o recomendado terá menos chance de desenvolver diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e, em mulheres, ajuda no combate à osteoporose. Para as mães, a amamentação proporciona redução do sangramento após o parto, diminuição da incidência de anemia, câncer de mama e ovário. Ótimos motivos não faltam para que o leite materno seja um companheiro nos primeiros tempos de vida da criança.

Mas o que muitas mães ainda desconhecem é que o leite materno deve ser dado associado a alimentos saudáveis, de preferência preparados em casa, até os dois anos de idade ou mais. Nessa fase, o leite materno continua garantindo proteção contra infecções e nutrientes especificos para o ser humano. A introdução de verduras, legumes, cereais, carnes, grãos e frutas, após os seis meses, acrescenta novos nutrientes necessários para a continuidade do adequado crescimento e desenvolvimento.

O conceito foi reforçado para a população durante a Semana Mundial de Amamentação de 2005, promovida pelo Ministério da Saúde de 25 a 31 de agosto. O lançamento da semana contou com as participações da modelo Vera Viel e da atriz comediante Maria Paula. Elas foram madrinhas da campanha e cederam gratuitamente suas imagens para incentivar outras milhões de brasileiras a este hábito mais do que saudável. Vera Viel, esposa do ator Rodrigo Faro, ganhou Clara no último dia 18 de junho e Maria Paula estimula a continuidade do aleitamento materno até os dois anos de idade, com a filha Maria Luiza, que completou um ano e dois meses de idade. 'O leite materno é um alimento e um remédio', disse o ministro da Saúde, Saraiva Felipe, durante a solenidade de abertura da campanha no Brasil.

Necessidades preenchidas

Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria mostram que, em média, bebês de seis a oito meses obtêm 70% de suas necessidades energéticas no leite materno. Os que possuem de nove a 11 meses têm 55% e os com 12 a 23 meses detêm 40% das necessidades nutricionais com o leite materno. Daí a importância de aliar a amamentação com alimentos complementares na dieta de crianças com mais de seis meses de idade.

Mas os números ainda estão longe do ideal. Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde mostra que quase todas as crianças brasileiras (cerca de 97%) iniciam a amamentação no peito logo nas primeiras horas de vida, mas permanecem mamando por um período curto. Segundo o órgão, a média de aleitamento materno exclusivo da população brasileira, em 1999, era de 23 dias e do aleitamento materno era de 9 meses e 9 dias. Para o presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Dioclécio Campos Júnior, a prática não deve ser interrompida. Segundo ele, o aleitamento materno exclusivo transfere à criança, além dos nutrientes, substâncias e células. "São esses anticorpos que as protegem de infecções", explica. Para tentar combater os baixos índices de aleitamento e o desmame precoce, o Ministério da Saúde investe em importantes ações desenvolvidas nos serviços de saúde dos estados e municípios e em campanhas nacionais e publicações para a promoção à amamentação e alimentação saudável.

Por muitos anos a amamentação foi considerada um ato instintivo e natural sabendo-se hoje que para o sucesso é preciso um equilíbrio entre a natureza e a cultura. A interação entre mãe e bebê é necessária e o correto posicionamento e pega da aréola ainda precisam ser ensinados. Especialistas no assunto ressaltam que o correto posicionamento do bebê, a adequada pega da aréola e a amamentação sem horários predefinidos ou rígidos devem ser garantidos para que a criança sinta-se estimulada a mamar. Esses fatores influenciam no ato de amamentar e podem contribuir para aumentar os índices de adesão ao aleitamento materno.

Caseira e natural
E como deve ser a dieta da mãe durante o período de amamentação? Essa é uma pergunta que muitas mulheres se fazem, sem saber se há restrições para alguns tipos de alimentos. A presidente do Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria, Elsa Giugliani, responde: "caseira, natural e saudável". De acordo com ela, a lactante não precisa manter uma dieta diferente do restante da família, desde que tenha alto valor nutritivo.

E no que diz respeito ao cigarro e às bebidas alcoólicas, nunca é demais falar que as mães devem evitar o consumo, para que não haja interferência na qualidade e quantidade do leite materno e nem traga prejuízos para a saúde da criança.

Bancos de Leite Humanos
As casas de promoção e apoio à amamentação, os conhecidos Bancos de Leite Humano, ajudam mulheres a amamentar, coletar, processar e distribuir leite humano. Segundo a Coordenadora da Política Nacional de Aleitamento Materno do Ministério da Saúde Sonia Salviano, os Bancos de Leite Humano são também unidades de excelência para o cuidado com as mães que apresentam dificuldades para amamentar. Os Bancos de Leite humano estão presentes em todos os estados brasileiros e fornecem leite humano pasteurizado especialmente para os recém nascidos que nascem prematuros ou doentes. Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Rede Nacional de Bancos de Leite Humano do Brasil é a maior do mundo, com 187 unidades. Durante o lançamento da Semana Mundial de Amamentação no Brasil, o ministro assinou dois termos de compromisso com a Secretaria de Saúde de Goiás e a Superintendência do Grupo Hospitalar Conceição, no Rio Grande do Sul. Na Semana Mundial da Amamentação o Ministério também garantiu a implantação de mais duas unidades em Mato Grosso do Sul e 1 em São Paulo A idéia é garantir a expansão da Rede de Bancos de Leite Humano respondendo a compromissos assumidos no Pacto pela Redução da mortalidade neonatal e Metas Globais para o Desenvolvimento do Milênio.

Serviço
A Rede de Bancos de Leite do Brasil, que integra o Sistema Único de Saúde (SUS), oferece seus serviços gratuitamente à população. Durante a gestação, as mulheres devem procurar se informar sobre as vantagens da amamentação e quais as melhores formas de amamentar o bebê. As mães podem buscar informações ou ajuda nos bancos de leite, centros de saúde, hospitais e maternidades - principalmente os reconhecidos como "Amigo da Criança" - ou com agentes do Programa de Saúde da Família (PSF). Quem quiser pode entrar em contato com o Disque Saúde pelo: 0800-61.1997

Saiba mais sobre os benefícios do leite materno
O aleitamento materno contém a quantidade de água suficiente para as necessidades do bebê. Isso também serve para países com temperaturas muito quentes. A oferta de água, chás ou qualquer outro tipo de alimento que não seja o leite materno aumenta as chances do bebê adoecer ou rejeitar o leite da mãe. A prática não é saudável e pode substituir o volume de leite materno que o bebê ingere. A inserção de outras substâncias líquidas em mamadeiras ou uso de chupeta, também faz com que o bebê engula mais ar (aerofagia), o que resulta em desconfortos abdominais ou cólicas freqüentes. Além disso, a chupeta e o bico da mamadeira acostumam o bebê a sugar de forma incorreta fazendo com que ele não consiga retirar do peito todo leite que necessita.

* Listamos uma série de conselhos úteis para mamães que ainda tem dúvidas na hora da amamentação. Veja a forma de colocar o bebê no colo e o que fazer quando o bebê não consegue sugar corretamente o leite do peito

- A mãe que amamenta deve estimular o bebê a sugar corretamente Inclusive à noite.

- É importante observar de que forma o bebê está sugando o leite. A pega correta é garantida quando o bebê está bem apoiado no braço da mãe, com o pescoço na dobra do braço e a barriga encostada no corpo da mãe. Dessa forma ele consegue abrir bem a boca, abocanhar toda ou quase toda região areolar e virar os lábios para fora. A pega errada prejudica o esvaziamento total da mama e impede que o bebê mame o leite do final da mamada, rico em gordura. Quando isso acontece, diminui a saciedade da criança e faz com que os intervalos entre as mamadas sejam mais curtos.

- O tempo de sucção, depende de cada bebê. Existem os que conseguem sugar todo o leite em poucos minutos e os que demoram até meia hora para retirar o leite necessário. Em qualquer um dos casos é importante respeitar o ritmo da criança.

- A produção adequada de leite depende da sucção do bebê e da vontade da mãe em amamentar. É a freqüência das mamadas e a correta pega quem garantem níveis elevados de prolactina (hormônio responsável pela produção do leite) e de ocitocina (hormônio que regula a ejeção de leite).

- Nos casos de mães que por algum motivo produzem pouco leite, o bebê ganha menos de 15g por dia, molha menos de seis fraldas e ao toque, as mamas da mãe parecem flácidas. Com a ajuda de um profissional de saúde, a mãe pode estimular as mamadas do bebê com mais freqüência, inclusive durante a noite fazendo com que a produção aumente e passe a atender as necessidades do bebê. Nesse casos é fundamental observar a mamada e garantir uma pega adequada..

- Mães HIV positivas não podem amamentar seus filhos.

* Veja a seguir um quadro com sinais de que a criança está mamando de forma adequada:

Boa posição
- O pescoço está apoiado na dobra do braço da mãe

- O corpo da criança está apoiado no braço da mãe, as nádegas com a mão. O bebê deve estar virado para o corpo da mãe

- A barriga do bebê está encostada no corpo da mãe

- O bebê e a mãe devem estar confortáveis.

- A mãe não deve sentir dor. Se isto acontecer significa que a pega do bebê está errada

Boa pega
- a boca está bem aberta;

- o queixo está tocando o peito;

- lábio inferior e superior voltados para fora

- a bochecha está arredondada;

- Há mais aréola visível acima da boca do que abaixo

* Fonte: Ministério da Saúde/ Dez passos para uma alimentação saudável

Confira aqui a infografia do programa

( Clique sobre a figura para aumentá-la)




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Cálcio para crianças



Embora o cálcio seja essencial para a manutenção da saúde do osso nas crianças, a ingestão dietética ideal de cálcio nesta faixa etária, especialmente na forma de alimentos lácteos, não é bem definida.
M.Huncharek e colaboradores médicos preventivistas da Universidade da Carolina do Sul fizeram uma metanálise( exame de vários artigos sobre o assunto) para avaliar o impacto do cálcio dietético/suplementação láctea no conteúdo mineral ósseo nesta faixa etária.
Os autores examinaram dados da literatura científica de vinte e um estudos controlados que utilizaram o conteúdo mineral ósseo corporal total como o resultado de interesse, proporcionou um aumento sem significado estatístico ( foram comparados crianças que tomavam suplementos de calcio contra controles). Estes dados demonstraram a heterogeneidade estatística substancial reveladas pelas análises de sensibilidade que entre os indivíduos do estudo com ingestão dietéticas de cálcio/alimentos lácteos normal ou quase normal no início dos estudos, a suplementação de cálcio/láctea mostraram pouco impacto no conteúdo mineral ósseo. As análises de sensibilidade sugeriram que o consumo do cálcio no início do estudo poderia potencialmente esclarecer a heterogeneidade estatística.



A associação dos três relatórios que utilizam indivíduos com baixo consumo proporcionou um sumário estatísticamente significativo médio do consumo de calcio de 49 g (24.0-76-6). Associando os dois estudo que utilizaram a suplementação de cálcio/láctea mais vitamina D foi também associada com um aumento na dosagem de calcio na coluna lombar, em média, de 35 g (− 6.8-41.8). A falta de dados utilizando a mensuração do CMO em outros locais anatômicos assim como os dados escassos dos estudos não-randomizados, impossibilitou uma associação estatística adicional. Os autores concluem que aumento dietético de cálcio/produtos lácteos, com e sem a vitamina D, aumenta significativamente a densidade mineral no corpo total e na coluna lombar em crianças com baixo consumo inicial.








Fonte :: Bone. 2008 Aug;43(2):312-21


Falta de açúcar na alimentação



Falta de informação ou condições financeiras faz da criança brasileira uma das mais mal nutridas do mundo. Durante os primeiros anos de vida a nutrição é um dos fatores primordiais para o crescimento edesenvolvimento de seus hábitos alimentares
As dificuldades de uma boa alimentação, bem como qualidade e quantidades suficientes para suprir as necessidades básicas do organismo, leva, por exemplo, muitas mães a pecarem pelo excesso, desencadeando ou agravando distúrbios nutricionais, como a obesidade - que atinge hoje cerca de 10% das crianças brasileiras -, além de diabetes, hipertensão arterial, entre outros.



Os aditivos, como alguns corantes e conservantes, componentes dos alimentos bastante utilizados no país podem trazer problemas como
alergias e toxidez, poderiam ser substituídos por outros que não comprometem a saúde da criança.Carências nutricionais graves, de um modo geral, comprovadamente prejudicam a atividade funcional cerebral e exercem impacto na cognição e no comportamento. O excesso de açúcar, evidentemente é prejudicial ao organismo como um todo, mas, por outro lado, ainda não existe nada conclusivo ou definitivo sobre as conseqüências da restrição desse elemento sobre o comportamento infantil. Hoje temos evidências que podem sugerir resultados tanto favoráveis quanto desfavoráveis.Analisando 421 pacientes com diagnostico neurológico de enxaqueca severa e outro tipo de cefaléia de origem vascular refratários à terapia habitual constatou-se que: 226 pacientes (54%) apresentavam hipoglicemia no Teste de Tolerância a Glicose ( chamado de TTG) de 5 horas de duração. Mas 155 pacientes (37%) apresentavam sinais e sintomas de hipoglicemia reativa, porém com TTG normal. Os sintomas clínicos eram típicos de crise hipoglicemica, 2 a 5 horas após a alimentação e apresentavam pronto alívio com a ingestão de açúcar. Outros 40 pacientes (9%) não apresentavam hipoglicemia. Este trabalho cientifico mostra que 91% desse grupo de pacientes com cefaléia apresentavam hipoglicemia reativa. Os pacientes com hipoglicemia estudados apresentaram os seguintes sinais ou sintomas:90% - Narcolepsia:( significa que a pessoa tem um sono irresistível ou sono inapropriado durante o dia, por exemplo no meio da reunião ou de uma aula) 50% - caimbras espontâneas e dores nas pernas , a noite, que atrapalham o sono;46% - obesidade ;32% - neuropatia periférica: formigamento dos dedos das mãos e dos pés;30% - ansiedade, depressão ou ambos respondendo pouco a medicamentos ou à
psiquiatria ;15% - angina pectoris( dores no peito) e arritmias cardíacas;12% - úlcera péptica ;7% - alcoolismo


veja www.intramed.uol.com.br



Fonte :: J Stroke Cerebrovasc Dis. 2008 Jan-Feb;17(1):23-5

domingo, 3 de maio de 2009

Trampolim acrobático: um pouco de história e de competição

Doralice Orrigo da Cunha Pol*
dorapol@terra.com.br
Felipe Steigleder**
felipetramp@hotmail.com
Alexandra da Silva Nickele Dornelles*
dorapol@terra.com.br
José Carlos Negrine Padilha*



Resumo
O presente estudo buscou apresentar a história do Trampolim Acrobático como também a realidade dos atletas participantes no I Campeonato Sul Brasileiro desta modalidade. O objetivo desta pesquisa foi diagnosticar a realidade dos atletas de Trampolim Acrobático em nível nacional e verificar as condições oferecidas a estes. O estudo caracterizou-se como uma pesquisa descritiva. A população foi composta por atletas que participaram do campeonato com uma amostra de 64 atletas. Para a coleta de dados foi utilizado como instrumento o questionário adaptado de Moreno (1996) que busca coletar dados sobre a faixa etária, cidade e clube que o atleta representa, formação educacional, experiências no treinamento da modalidade, número de horas de treinamento diário, suas dificuldades e facilidades para a prática do esporte, assim como o trabalho de compensação e lesões. Como resultados, verificou-se que a maior delegação a participar do evento foi a do clube Minas Tênis Club que foi representado por 16 atletas, seguidos do Clube Macaé com 11, Academia Tatiana Figueiredo e Vasco da Gama com 09 atletas respectivamente; Escola Salto Três com 08; Dom Bosco e Gama Filho com 07 atletas e Santo Agostinho com 06. Identificou-se que a forma de acesso ao esporte para 52,1% foi por meio participação em clubes sociais, 23,9% por meio de colegas; 15,5% pelo acesso à academia e 8,5% pelo incentivo da família. Em relação ao tempo de permanência no esporte encontrou-se resultados que perfizeram 58,5% entre um e quatro anos, 20,0% entre quatro e oito anos, 12,9% menos de um ano e 8,6% com mais de oito anos; reportando-se ao número de horas diárias de treinamento observou-se que 73,6% treinam quatro horas e 26,4% entre quatro e seis horas diárias. Os atletas revelaram com 49,3% que o Duplo Mini Trampolim é a modalidade de maior dificuldade de realização seguida de 26,0% o Trampolim, 21,7% o Tumbling e com 3,0% a cama elástica. Investigando-se as lesões provocadas pela prática do Trampolim, os atletas mencionaram o joelho com 36%, pé 28,0%, coluna 14,0%, perna, coxa e punho 6% para cada segmento e 4,0% para os braços e cotovelos. Neste sentido, conclui-se que a modalidade Trampolim Acrobático não é oferecida nas escolas formais dos estados apresentando-se com maior ênfase nos clubes e academias não sendo aproveitada neste momento como objetivo de recreação ou de lazer às crianças.
Unitermos: História. Trampolim Acrobático. Brasil.



Introdução

Este artigo fundamenta-se em apresentar a história do Trampolim Acrobático, como também a realidade dos atletas que participaram do I Campeonato Brasileiro realizado na região Sul do Brasil, especificamente na Universidade Luterana do Brasil na cidade de Canoas, (RS).

Pesquisando como surgiu o primeiro tipo de Trampolim encontrou-se o que foi planejado e feito primeiramente pelos esquimós, nos quais costumavam brincar de jogar-se uns aos outros no ar sobre uma pele de morsa, algo parecido com o que os bombeiros utilizam para resgatar as pessoas que estão pulando de janelas de casas ou prédios, na busca de socorro.



Neste sentido, o estudo apresenta como objetivo maior, diagnosticar a realidade dos atletas de Trampolim Acrobático em nível nacional e verificar as condições oferecidas a estes atletas para desenvolverem o esporte.

Justifica-se a opção pelo mesmo por entender que um campeonato de tal proporção deve ser configurado no mundo acadêmico, sendo que este foi um excelente momento para que os atletas do Brasil fossem investigados, de certa forma, proporcionando a população um conhecimento maior sobre a prática deste esporte.


Um pouco da história...

A história apresenta-nos, que o surgimento do Trampolim ocorreu a centenas de anos, contudo não se pode precisar a sua origem, sabe-se que na Idade Média os acrobatas de circo, utilizavam tábuas de molas nas suas apresentações e os trapezistas realizavam novos saltos a partir do impulso realizado da rede de segurança.

Estas podem ou não ser as verdadeiras origens do Trampolim, mas é certo que no inicio desse século havia apresentações que usavam uma "cama de pular" para entreter as platéias. A cama de pular era, na realidade, um pequeno Trampolim coberto com roupas de cama sobre o qual os artistas desempenhavam a maior parte de seus atos.

Por outro lado, o Trampolim em si, na história circense, foi desenvolvido primeiramente por um artista chamado Du Trampolin, que viu a possibilidade de usar a rede de segurança do trapézio como uma forma de propulsão e aparelho de decolagem e a experimentou com diferentes sistemas de suspensão, finalmente reduzindo a rede a um tamanho prático para performances em separado.

No começo dos anos 30, o norte-americano George Nissen fez um Trampolim na sua garagem e o usou para ajudá-lo em suas atividades de queda e mergulho. Ele então percebeu que podia entreter platéias e também deixar as pessoas participarem de suas demonstrações. O Trampolim como esporte, então, foi criado por George Nissen em 1936 e foi institucionalizado como modalidade esportiva nos programas de Educação Física em escolas, universidades e treinamentos de militares. Recentemente está muito praticado nas academias do mundo inteiro. Desta forma, nascia então o novo esporte.

Na segunda guerra mundial, também se utilizou o Trampolim. A escola da marinha e aeronáutica dos E.U.A. aplicou o uso do Trampolim no treinamento de seus pilotos e navegadores. Oportunizando-lhes à prática concentrada em orientação, de uma forma que nunca fora possível de ser trabalhada antes. Depois da guerra, o desenvolvimento do programa espacial trouxe novamente o Trampolim, para contribuir no treinamento tanto de astronautas americanos quanto de soviéticos, dando a eles a experiência de posições corporais variadas em vôo.

Um dos monitores do Projeto TRAMPMOVIMENTO São PAulo


Em Londres na década de 60 ocorreram as primeiras competições internacionais, mais de 54 países já disputaram vinte e um campeonatos mundiais.

Em 1975 o Trampolim Acrobático chegou ao Brasil trazido pelo professor José Martins de Oliveira. Em 1990, na Alemanha, o Brasil participou pela primeira vez de um Mundial, desde então, o país já possui seis participações nessa importante competição.

Em 1997 o (COI) incluiu o Trampolim como modalidade olímpica. Assim o esporte participou pela primeira vez na Olimpíada de Sidney, Austrália.

Para conhecer melhor o Trampolim, ele provém de uma atividade natural, fácil e rítmica, e o poder da cama elástica é propiciar diversão aos participantes proporcionando-lhes a satisfação de pular mais alto do que poderia normalmente conseguir e a desempenhar atividade especial, como aterrisar sobre os pés, sentado, de frente ou costas, e também decolar fazendo uso dessas posições de aterrisagem.

Essa modalidade é dividida em três categorias: Trampolim que é o mais popular, conhecido por cama elástica, o Duplo mini-Trampolim como o próprio nome diz, o aparelho desta categoria é menor que o Trampolim e o Tumbling que é composto por três séries de oito exercícios acrobáticos variados, similares aos do solo da ginástica olímpica. Eles são executados em linha reta e sobre a pista.

Nos E.U.A., foi facilmente percebido, pelos professores de Educação Física, que o Trampolim tinha algo a oferecer as pessoas que praticaram. Essa percepção se deu a partir da observação dos benefícios físicos os quais essa atividade havia produzido durante os anos de guerra e também do entusiasmo daqueles que participaram, desta forma, e o Trampolim foi introduzido nos programas de Educação Física escolares.

Houve muitas críticas afirmando que a atividade era perigosa e que reduzia a força das pernas por causa do auxílio da elasticidade da cama no salto. Entretanto, a necessidade de condicionamento físico requerido é tão baixa que quase qualquer pessoa pode subir em uma cama elástica e fazer algo que é divertido, aerobicamente efetivo, e provém o mais alto nível de habilidade e coragem de que alguém é capaz. É particularmente popular entre os mais jovens, que agora têm algo além da cama de casal dos pais para pular em cima, embora muitos pais reclamem que seus filhos acabam pulando ainda mais sobre suas camas, com o objetivo de reproduzir a diversão que têm na ginástica. Também é uma forma de Plyometrics a última forma de treinamento em força.

Convém ressaltar neste momento, que as primeiras competições aconteceram em faculdades e escolas nos E.U.A. e Europa, e o primeiro campeonato mundial aconteceu em Londres em 1964. Kurt Baechler, da Suíça e Ted Blake, da Inglaterra, foram os pioneiros europeus.

Logo após a primeira competição mundial, o encontro inaugural de trampolinistas importantes ocorreu em Frankfurt, a fim de explorar a formação de uma federação internacional desse esporte. Em 1965, em Twickenham, a federação foi formalmente reconhecida, porém seu reconhecimento como uma modalidade esportiva ocorreu em 1998 e a Federação Internacional de Ginástica oportunizou sua estréia nos Jogos Olímpicos de Sydney, dois anos mais tarde. O esporte se divide em quatro modalidades: individual (única olímpica), sincronizado, tumbling e duplo mini Trampolim.

No Brasil, o esporte obteve repercussão quando o atleta carioca Rodolfo Rangel conquistou o 1º lugar na prova de duplo mini Trampolim do campeonato Mundial de Sun City, na Nova Zelândia, estabelecendo um novo recorde de pontuação no aparelho.

Os excelentes resultados do Brasil em nível internacional levou à organização do I Campeonato Sul Brasileiro de Trampolim Acrobático, realizado no mês de novembro de 2001 no complexo esportivo da Universidade Luterana do Brasil/Canoas, contando com a participação de categorias pré-infantil, infantil e elite, sendo esta última, com representantes do melhor nível do esporte nacional.


Metodologia
O estudo caracterizou-se como uma pesquisa descritiva, visto que pretendeu verificar a realidade do atleta de trampolim Acrobático.

A população do estudo foi composta por atletas que participaram do Campeonato e a amostra foi composta por 64 atletas.

Para a coleta de dados foi utilizado como instrumento o questionário adaptado de Moreno (1996) que busca coletar dados informações dos atletas no que se refere a faixa etária, cidade e clube que representa, formação educacional, experiências no treinamento da modalidade, número de horas de treinamento diário, suas dificuldades e facilidades para a prática do esporte, o trabalho de compensação realizado pelos atletas na coluna vertebral oferecido pelos treinadores e lesões.


Resultados

Como resultados encontrou-se: 70,4% dos atletas cursam o ensino fundamental, portanto, possuem entre onze e treze anos de idade a sua maioria: 46,6% dos atletas são cidade do Rio de Janeiro, 31,5% de Belo Horizonte (MG), 15,1% de Macaé (RJ) e 6,8% de Campo Grande (MS).

A maior delegação ficou com o Minas Tênis Club que foi reapresentado por 16 atletas, seguidos do Macaé com 11, Tatiana Figueiredo 11 atletas (RJ), Vasco da Gama com 9 atletas; Salto Três (RJ) com 8; Dom Bosco (MS) e Gama Filho (RJ) com 7 e Santo Agostinho (MG) com 6 atletas.

Os atletas manifestaram-se em 75,4% que o seu nível de desenvolvimento técnico em relação aos seus concorrentes é de igual qualidade. A forma de acesso ao esporte foi de 52,1% através do clube, 23,9% pela escola; 15,5% pela academia e 8,5% pela família.

O tempo de permanência praticando o esporte resultou em 58,5% estão entre um a quatro anos, 20,0% entre quatro e oito anos, 12,9% menos de um ano e 8,6% com mais de oito anos.

O número de horas diárias de treinamento ficou estabelecido em 73,6% para quatro horas e 26,4% entre quatro e seis horas diárias. Apresentando suas experiências anteriores os atletas expressaram 55,2% experiências que se dividiam em 27,6% com nenhuma experiência anterior e também como praticante de escolinhas, e os demais 17,2 % expressaram outras informações.

As modalidades que apresentaram maior dificuldade de realização pelos atletas foi o Duplo Mini Trampolim com 52,3%, Trampolim 26,1%, o Tumbling com 18,5% e com 3,1% o sincronizado. Quanto ao trabalho de compensação realizado na coluna vertebral, oferecido pelos treinadores, os atletas expressaram em 88,1% que é realizada esta pratica diária, mas 11,9% afirmam que este trabalho não é realizado.

Em relação aos programas desenvolvidos pelos atletas, o mais importante para eles em sua maioria é o Trampolim competitivo, depois o Trampolim que se referem à aprendizagem com a cama elástica, para depois citarem o recreativo.

Observando-se as lesões provocadas pela prática do Trampolim os atletas citaram joelho com 36%, pé 28,0%, coluna 14,0%, perna, coxa e punho 6% para cada segmento e 4,0% para os braços e cotovelos.

Referindo-se quanto ao grau satisfação ao praticar este esporte os atletas na sua maioria mencionaram que gostam muito da sua relação com os demais praticantes, apreciam o funcionamento das instituições que representam, têm uma boa comunicação com seus superiores e, por outro lado, demonstraram que não estão nada satisfeitos quanto à remuneração econômica, pois os quais não recebem nenhum apoio financeiro das instituições.


Considerações finais

O estudo constatou que: o Trampolim Acrobático é muito praticado na região Central do Brasil , sendo que foi verificado através dos resultados deste estudo que o Sul, Norte e Nordeste poderiam oferecer e desenvolver mais esta modalidade. Observou-se também que o esporte não é oferecido nas escolas formais dos estados apresentando-se com maior ênfase nos clubes e academias e que os portadores de necessidades especiais não têm acesso.

Compreendeu-se também que Trampolim acrobático não é visto como uma prática de lazer, de recreação e que poderia ser aproveitado nas escolas com este objetivo em primeiro lugar, fazendo com que as crianças adquirissem o gosto pela atividade e futuramente pudessem iniciar a técnica da modalidade. Constatou-se na pesquisa que crianças pequenas e com poucos anos de prática já estão competindo no esporte em nível alto e verificou-se também que alguns profissionais não se preocupam com a saúde dos seus atletas, como deveriam, pois, sabe-se que eles estão praticando para serem os melhores, mas acredita-se que não se pode descuidar da saúde das crianças principalmente.

Os atletas expressaram que o Duplo Mini trampolim é a modalidade de maior dificuldade de realização, portanto, deve ser o último a ser praticado e sugere-se, neste sentido, de que a iniciação ocorra pela cama elástica, pois foi considerada a modalidade de mais fácil execução.

E, para finalizar, os atletas de Trampolim Acrobático de forma geral estão satisfeitos com sua formação técnica, com companheirismo dos colegas e professores, que a comunicação entre eles é satisfatória e quanto ao funcionamento geral das instalações que representam, a sua maioria está de acordo. Acreditam que poderiam ser mais valorizados em relação ao incentivo financeiro, pois a maioria dos atletas sustenta a prática do seu esporte e muitas vezes estão representando instituições de grande porte, e não possuem nenhum tipo de apoio financeiro.


Referências bibliográficas

WALKER, Rob. The history of trampolining. Information booklet, 2000.

BOMPA, Tudor O. Periodização: Teoria e Metodologia do Treinamento. 4 ed. Rio de Janeiro: Phorte Editora, 2001.

MORENO, M.J.A. Relacion oferta-demanda de las instalaciones acuáticas cubiertas: Bases para um programa motor en actividades acuáticas educativas. Valencia, 1996.

http://www.tramp.com.pt/



PROJETO NO BRASIL

Site: http://www.trampmovimento.no.comunidades.net/

PROJETO TRAMPMOVIMENTO





PROPOSTA: formação de uma Equipe Recreativa e Especializada, Itinerante que tem como objetivo levar a crianças e jovens e comunidades carentes uma recreação de qualidade junto com palestras de fundo educacional e de saúde para contribuir para uma melhor qualidade de vida .



PÚBLICO ALVO: crianças, jovens, comunidades como: orfanatos,ongs, escolas, eventos, mutirões da cidadania, familiares das empresas parceiras e outros.

JUSTIFICATIVA:

É reconhecido o valor das atividades de recreação e lazer nas quais muitos

não tem oportunidade de desfrutar momentos de uma verdadeira recreação através de brincadeiras sadias de construção e inclusão despertando o que a de melhor o ser humano e ocupar crianças e adolescentes, e afasta-los de atividades anti-sociais ou que não levam a um benefício sadio.

Sendo um projeto itinerante temos a possibilidade de levar onde quer que se faça necessário um picadeiro, com uma estrutura de recreação e atividades para o lazer.

FUNCIONAMENTO: um grupo de alunos universitários treinados para atuar com materiais específicos de recreação e de atividades que envolvem um grande número de pessoas. Estando a disposição com devido agendamento e disponibilização de transporte dos equipamentos e equipe.



OBJETIVOS: transformar relacionamentos e dar a oportunidade de envolver famílias e comunidades em atividades corporais e de socialização e principalmente de participação incluindo pessoas que geralmente ficam a margem da sociedade bem como idosos portadores de necessidades especiais e outros .


DURAÇÃO: proposta para um período indeterminado já que este projeto já funciona a seis anos e pode e deve ser melhorado.


NECESSIDADES GERAIS:

· espaço físico (guarda de material)

· aparelhos de recreação,

· equipamentos básicos gerais,

· equipamento de som,

· professores e monitores,

· transporte de material e equipe.










LOCAL DE EXECUÇÃO:


1. Temos como base de apoio o Centro Universitário Adventista de Ensino- UNASP-SP.

1.1. Justificativa:

- O UNASP desenvolve atualmente uma série de projetos sociais junto às comunidades vizinhas, seja em convênio com o poder público, iniciativa privada ou meios próprios: Cursos e seminários, Restaurante Bom Prato, Programa de Saúde da Família, Policlínica, Feiras de Saúde, etc.


1.2. Características da região:

- População: aproximadamente 203.000 habitantes

- Embora haja na região alguma manifestação cultural recreativa a grupos ligados a entidades privadas, e ONGs.


Video Jogo Trampolim acrobático na internet

Quer conferir? Acesse o link: http://www.cbc.ca/kids/games/trampoline e divirta-se.